domingo, 14 de fevereiro de 2010

CRISTOBAL BALENCIAGA - ARQUITETO DA MODA

CRISTOBAL BALENCIAGA
Arquiteto da Moda
(1895 – 1972)




Cristobal Balenciada nasceu em 1895 em Guetaria vilarejos de pescadores localizado na Espanha. Desde muito cedo descobriu sua vocação para a costura. Sua mãe que era costureira o incentivara muito. O pai segundo Queiroz (1998, p.27) havia saído para o mar e nunca mais voltara. Balenciaga veio de um lar humilde. Teve muita sorte em conhecer a marquesa de Casa Torres quem o ajudou nos primeiros momentos de sua carreira. Com apenas doze anos aproximou-se da marquesa e perguntou-lhe se poderia copiar seu modelo Decroll (Maison muito prestigiada na Belle Époque), a nobre senhora ficou tão admirada que não só deixou que copiasse a roupa como também lhe comprou os tecidos. O resultado foi excepcional e a partir daí a marquesa passou a patrociná-lo. Aos treze anos o garoto já era aprendiz de alfaiate. Ainda muito jovem foi para a cidade de San Sebastián e depois para a Capital de Madri. Em 1913 já estava trabalhando como alfaiate na casa Louvre. Em 1919 abriu sua Maison na cidade de San Sebástian (reduto da aristocracia). Nesse período viajava muito para Paris em busca de novidades, sabia que a moda francesa tinha tudo àquilo que sua clientela queria. Entre os trabalhos que mais admirava estava o de Chanel, Vionnet e Louse Boulanger. Balenciaga ficou conhecido por toda a Espanha e em curto tempo já vestia a família real e aristocrata daquele país. Logo depois inaugurou outras casas em Madri e Barcelona. Em 1936 ocorreu a Guerra Civil Espanhola. Como muitos outros conterrâneos o estilista teve que fechar as três lojas e migrar para Londres e no ano seguinte foi para Paris. Segundo Queiroz (1998, p.28) nessa época os estilista mais destacados da época eram: o irlandês Molyneaux, o norte americano Mainbocher, o suíço Piguet e a italiana Schiaparelli. Em 1937 juntou-se com os sócios Vladzio Zawrorowski d´Attainville e Nicolas Bizcarrondo. A primeira coleção foi sucesso absoluto. As roupas de Balenciaga continha cortes perfeitos, os tecidos eram pesados. As criações apresentavam certa dramaticidade. Sua inspiração contava com elementos extraídos das cores e ícones de sua terra natal, eram as dançarinas de flamenco, a cor vermelho intenso que faziam alusão a bandeira dos toureiros e azul turquesa para os vestidos de noite. Gostava das cores terrosas, mas a cor preferida era o preto profundo. Usava passamanarias, rendas e bordados tudo muito requintado e de extremo bom gosto. Balenciaga era um homem muito religioso se ausentava pelo menos uma hora por dia para rezar.














Sua arte ficou conhecida no cinema, vestiu a atriz Hélène Perdriére no filme Trois de Saint-Cyr, Arletty no filme Bolero, criou o guarda roupa de Ingrid Bergman no filme Anastácia. Com a Segunda Guerra Mundial sua clientela foi reduzida, apenas clientes preferências tinham acesso às suas pequenas coleções. Participou do evento chamado Théâtre de La Mode, que apresentavam bonecas vestidas com criações de grandes costureiros da época. Em 1946 criou a linha barril e a linha com boleros bordados lembrando os acessórios dos toureiros espanhóis. Lançou seu primeiro perfume Le Dix.
Mesmo com a chegada do New Look de Dior, Balenciaga permaneceu alheio as novas tendências e não abandonou seu estilo. Em 1950 apresentou blusas sem gola e os famosos vestidos ballonnées. Ainda neste ano recebe Courréges como aprendiz em sua Maison que tornara seu principal assistente. Em 1951 mostrou para o mundo sua linha fluída, com golas mais distantes do pescoço, costas volumosas. Embora Balenciaga competisse com Chanel em seus tailleurs de cortes perfeitos, a famosa estilista o admirava, cera vez disse:

“Só Balenciaga é um verdadeiro costureiro, no verdadeiro sentido da palavra. Ele sozinho é capaz de cortar o tecido, juntar as partes e costurá-las à mão. Os outros são simplesmente estilistas”
(QUEIROZ, 1998, P. 30).


Em 1955 criou o vestido túnica, o vestido saco e lançou o perfume quadrille. Ainda neste ano passou a exibir sua coleção um mês após os outros estilistas. Ninguém mais poderia fotografar suas roupas a não ser a revista Vogue (depois de uma pré seleção feita pelo próprio costureiro). Em 1957 criou o vestido camisa que foi muito aceito. Em 1958 laçou os vestidos baby doll e os vestidos calda de pavão. Nessa época contratou o jovem estilista Emanuel Ungaro. A década de 60 trouxe mudanças radicais para a moda e o comportamento. Balenciaga pela primeira sentia que suas coleções já não tinham a mesma força de antes. Mesmo ainda no topo da moda preferiu se afastar e aposentou-se aos setenta sete anos. Em 1968 apresentou sua última coleção com túnicas trope lóeil. O próprio Balenciaga achava impossível trabalhar com a linha pret a Porter pelo acabamento perfeito de suas roupas e a qualidade dos tecidos. O grande mestre e arquiteto das roupas era um homem discreto, não gostava de aparecer na mídia e nem dar entrevista. Amou profundamente seu trabalho como ninguém. Em 1972 deu sua primeira e única entrevista a Prudence Glynn, editora de moda do jornal norte americano The Times e comentou:

“A vida que suportava a alta-costura não existe mais. A verdadeira alta costura é um luxo que não cabe mais no mundo” (QUEIROZ, 1998, P. 32)

Em 1971 Balenciaga comparece ao velório de Chanel e é a última vez que aparece em público. Faleceu na Espanha em 24 de março de 2001 a marca foi comprada pela Gucci e quem está à frente como estilista desde 1997 é o francês Nicolas Ghesquiére.
















Estilista Nicolas Ghesquiére

Bibliografia Consultada

QUEIROZ, Fernanda. Os Estilistas. São Paulo, SENAI CETVEST, 1998.
LEHNERT, HISTÓRIA DA MODA. Do Século XX. São Paulo, konemann, 2007.

Sites e Blog
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Almanaque.folha.uol
Fashionbubles.com/
WWW.abril.com.br/notícia
Modabrasiltour.blogspot.com
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