quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

CHRISTIAN LACROIX

CHRISTIAN LACROIX


Christian Marie Marc Lacroix. Nasceu em 1951, em Arles, Sul da França. Região bela e com grandes acervos culturais. No passado foi um dos principais centros comerciais do Império romano. Entre os monumentos históricos estão: O Palácio do Imperador Constantino, um anfiteatro para aproximadamente 26 mil pessoas, um obelisco e as ruínas de um teatro (QUEIROZ, 1998, p. 47). Foi nesse maravilhoso contexto histórico que Lacroix passou sua infância e juventude. Ali vários pintores tiveram a cidade como inspiração para suas obras um deles foi Vicent Van Gogh que morou na cidade. Para Lacroix não seria diferente, nascido em cidade convidativa e propicia para as artes e letra, ainda muito jovem tomou gosto pela literatura e história. Tornou-se um grande apreciador das artes cênicas. Durante sua juventude viajou muito para Londres, Veneza e Barcelona. Estudou artes na faculdade de Montpellier. Em 1983 ingressou na Sorbonne, ali fez um trabalho sobre o traje francês. Quis ser curador de museu, para isso fez um curso na área na escola de Louvre, foi quando conheceu Françoise e com ela se casou. A esposa foi a grande incentivadora de sua carreira. Ao perceber que o marido ainda hesitava na profissão entrou em contatos com pessoas da área da moda e através de uma amiga, apresentou Lacroix a Marie Rucki (conceituada especialista de Moda) do Studio Berçot de Paris, renomada escola de moda em Paris. A partir daí a carreira de Lacroix estava decidida. Conheceu grandes nomes da moda entre eles, Pierre Berge e Karl Lagerfeld (Chanel).
Em 1978 Lacroix foi para a Hérmes, marca francesa reconhecida mundialmente. Logo se tornou assistente do estilista Guy Paulin. 1980 foi colaborador da Corte Imperial do Japão. Em 1981 Lacroix entra para a Maison Patou com o cargo de estilista da marca, cujas criações estavam “ultrapassadas”, muito clássica para a década. A década de 80 pedia foi marcada pelo exagero tanto nas formas como nas cores. A marca patou estava em baixa com suas roupas clássicas, cuja clientela já estava com os anos avançados. A moda de Lacroix promoveu mudanças excepcionais para a marca que voltou a ser destaque.
Lacroix tornou-se conhecido de um dia para o outro. Suas coleções apresentavam loocks jovens, alegres, com o estilo barroco e com muito luxo. Lançou o vestido ballonné (a saia já havia sido lançada nos anos 50 por outro estilista) que foi aceito de imediato por todas as camadas sociais do mundo todo.
Foi premiado com o DÉ d”or, pela coleção de haute couture. Este não seria o único, em 1987 recebeu do CFDA, em Nova York, como estilista mais influente do ano.
Em 1987 fundou sua própria Maison. Queiroz (1998, p. 48) diz que Lacroix ajudou a moda francesa a recuperar sua supremacia mundial nos anos 80. Sua Maison foi montada em um palácio do século XVIII, em Saint-Honoré. Lançou a primeira coleção da marca dedicada ao “midi”, termo que designa o alegre Sul da França. O trabalho de Lacroix era o overkisch do luxo. Nos sessenta modelos apresentados havia muita cor, modelos com anquinhas e crinolina, cetim, muito brocado. Em um mesmo modelo apareciam vários detalhes como: franjas, pompons, babados, laços, rendas, bordados ou drapejados. A mídia e público reconheceram o trabalho do estilista, no entanto por alguns anos a Maison trabalhou no vermelho.
A França aceitou de imediato o trabalho de Lacroix, no entanto muitos o criticaram, alguns norte americanos disseram que era um retrógrado que fantasia as mulheres de “chaminé vitorianas”, já as feministas o odiaram por ser um “destruidor da mulher moderna”. Mas isso não prejudicou a imagem de Lacroix, pelo contrários a maioria gostava de seu trabalho. O New York Times o saudou como “um futuro para a moda”. Em 1987 desenhou o figurino de Tarnished Angles, de Carol Armitage, pela ópera de Paris. A partir desse período desenhar figurinos para óperas passou a fazer parte de seu trabalho.
Em 1988, veio o segundo Dé d’Or, pela sua segunda coleção, ganhou cobertura e a capa da Revista Times. Neste mesmo ano lançou sua primeira coleção de prêt-à-porter. Desenhou parte da do figurino da ópera Gaité parisiense (alegria parisiense), para o Metropolitan Opera, de Nova York e da ópera Carmen, de Bizet. Em 1989, lançou uma linha de acessórios. Em 1990 lançou o C’est La Vie, seu primeiro perfume.
Os anos 90 chegaram e com ele o minimalismo. O excesso foi embora junto com a década. Lacroix permaneceu entre os maiores estilistas, no entanto, a atenção era dada a outro nome: o italiano Gianni Versace.
Lacroix, sempre declarou amante da alta costura, mas teve que lançar roupas esportivas com preços mais acessíveis. Em 1996 lançou a linha de jeans. Em 1997chega a Boutique Lacroix em São Paulo. Criou a linha de vestidos de noivas “Mariée de Christian Lacroix”. Em 1998 a coleção outono/inverno, foi aplaudida de pé pela platéia, Lacroix voltou a reinar.
Com a crise de 2009 veio o burburinho da falência da Marca Lacroix. Dia 08 de fevereiro de 2010 Lilian Pacce informa em seu site que a marca foi vendida para o Sheik Al Hasson Bin Nuami. A marca Lacroix talvez esteja com seu futuro incerto, mas para a história seu criador está entre os maiores e o seu trabalho inspirado no barroco continua sendo uma obra de arte para ser vista e contemplada.


Bibliografia Consultada:

SABINO. Marcos. Dicionário da Moda. Ed. Campus. São Paulo, 2007.

Sites e blogs.
Vintagebarcelona. blogspot.com/
Fernandomachado. blog.br
Guiadamoda.wordpress.com/
http://www.ladoni.com.br/
Blig.ig.com.br
Colunistas.ig.com.br/
Fashionbubbles.com
http://www.otempo.com.br/
http://www.jblog.com.br/
lilianeferrari.com/
http://www.flaviagalli.com.br/
Livikk2.wordpress.com/
http://www.dzai.com.br/
http://www.telegraph.co.uk/.
http://www.pontoapontoutragestão.com.br/

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